
A 1 de julho de 2021, entraram em vigor as novas regras de eficiência energética dos edifícios em Portugal, sejam habitações particulares ou destinadas à indústria, comércio ou serviços.
Entre as novas regras de eficiência energética, dá-se destaque para as inspeções periódicas a sistemas de climatização, instalação e controlo das infraestruturas em novos edifícios e até à obrigatoriedade de, em alguns casos, instalar pontos de carregamento elétricos.
Mas antes de partirmos para essas regras, é preciso entender a importância das novas medidas.
A importância das regras de eficiência energética
Sabia que 40% da energia final consumida na Europa é da responsabilidade do setor dos edifícios? E que em Portugal este valor é de 30%?
Pode encontrar estes números no site da Direção Geral de Energia e Geologia, que refere ainda que “mais de 50% deste consumo energético pode ser reduzido através de medidas de eficiência energética.” Uma redução de consumo que corresponderia a menos 400 milhões de toneladas de CO2 emitidas para atmosfera.
Estas são as razões que levaram o Governo português a lançar em julho as novas regras de eficiência energética. É também mais um passo para rumar à neutralidade carbónica em 2050.
O que entrou em vigor em julho de 2021
1# As regras de eficiência energética para novos edifícios (e grandes renovações)
Os edifícios novos devem representar o objetivo principal do Governo com as novas regras, ou seja, ter uma necessidade quase nula de energia. O mesmo se aplica para grandes renovações de edifícios.
Para isso, o Governo estabeleceu uma série de requisitos mínimos de eficiência energética que devem ser seguidos na conceção e construção do edifício.
Nota ainda para a moratória estabelecida pelo Governo: novos edifícios em construção ou com projeto de construção aprovados antes de 1 de julho de 2021, não são obrigados a seguir as novas regras de eficiência energética.
2# Os sistemas técnicos dos edifícios
Estes sistemas referem-se aos sistemas de climatização, ventilação, iluminação, águas quentes, entre outros. Os técnicos autores de um edifício novo (ou grande renovação), devem estar atentos aos seguintes pontos:
- Desempenho energético geral;
- Dimensionamento adequado;
- Instalação correta;
- Controlo adequado.
3# Inspeções periódicas
Esta é uma das maiores novidades das novas regras de eficiência energética. Os sistemas técnicos estão agora sujeitos a inspeções periódicas por um técnico qualificado.
Os peritos qualificados do Sistema de Certificação Energética (SCE) devem garantir que todos os edifícios novos cumprem os requisitos específicos de conforto térmico e energético. Para além disso, são também responsáveis por verificar se os novos edifícios cumprem os requisitos quanto à ventilação dos espaços, de forma a assegurar uma qualidade de ar saudável.
Após cada inspeção é emitido um relatório final com o resultado e as recomendações necessárias para melhorar o desempenho energético dos sistemas técnicos inspecionados.
4# Incentivos financeiros à renovação de edifícios
Segundo as novas regras de eficiência energética, a atribuição de incentivos financeiros passa agora a ser processada, essencialmente, de duas formas:
-
a melhoria de eficiência energética obtida (Ex: comparando os certificados energéticos antes e após a renovação);
-
a qualidade energética dos novos sistemas técnicos ou técnica de construção/renovação.
5# Outras regras, principalmente para edifícios comerciais
Até aqui todas as regras eram válidas tanto para edifícios particulares como com fins comerciais. Mas os edifícios comerciais estão sujeitos a outras medidas, tais como:
-
Instalação de sistemas de automatização e controlo do edifício, que permitem medir, analisar e melhorar a eficiência energética do edifício;
-
pontos de carregamento elétrico em edifícios de comércio ou serviços com mais de 20 lugares de estacionamento;
-
avaliações periódicas e monitorização de consumos energéticos de edifícios;
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